quinta-feira, 24 de março de 2011

Vinte e dois anos depois, a situação ainda persiste. (Karina S. de Oliveira)

O curta-metragem de Jorge Furtado, Ilha das Flores, data de 1989. De forma muito astuta mostra a trajetória de um tomate. Faz uma abordagem sobre o ser humano, bem como suas capacidades como plantar tomate, por exemplo.
Mostra também que desde a criação do dinheiro acabou-se o comércio por troca direta e a moeda passa a exercer a função intermediária para adquirir um dado produto. Uma vendedora de perfumes vai ao supermercado e compra tomates e, a partir de então, visualizamos a trajetória do mesmo. Plantado, colhido, levado a um supermercado, comprado por uma dona-de-casa e descartado pela mesma por não servir para compor a refeição de sua família. O tomate vai parar na Ilha das flores, o lixão. Lá chegando, é descartado até mesmo pelos porcos e então chega às mãos de um menino que o julga bom para comer. Realidade chocante abordada há vinte e dois anos atrás e que, infelizmente, ainda persiste.



A questão da arrogância, egoísmo, o descaso para com nossos semelhantes culminam até na afirmação da não existência de Deus. Seres humanos que se alimentam de restos (que são até mesmo excluídos por porcos) existem aos montes, principalmente em decorrência de um sistema que privilegia uns em detrimento de outros. Não há de se remeter a Darwin e falar em seleção natural, não se trata disso, por que não falarmos em imposição natural?
Falta de oportunidade, má distribuição de renda, dentre outros fatores encontam-se infiltrados no tema abordado no curta.
Uma dica sobre o mesmo tema é o documentário do artista plástico Vik Muniz, Lixo Extraordinário, que por pouco não recebeu a estatueta do Oscar. O lixão é visto sob outra ótica, que mesmo em meio a tantos entulhos e a catadores de lixo que encontram-se em condições subumanas, é possível inserir a arte nesse meio. Afirmação confirmada pela imagem a seguir.
Vik Muniz conseguiu produzir arte no lixão. (Documentário Lixo Extraordinário; o lixão sob uma outra ótica)

terça-feira, 1 de março de 2011

A alegria de um encontro casual...

Existem pessoas que você adoraria encontrar sempre. Só que por algum motivo, tipo falta de tempo, isso não acontece. Derrepente, na correria do dia a dia - indo à padaria - você escuta alguém chamar seu nome! E você ganha o dia, no meu caso, a tarde, rs.
Encontrei minha linda e querida amiga Cláudia!
Conhecemo-nos numa excursão a Fortaleza, a caminho de um concurso. Ela ficara surpresa com minha garra, tendo tão pouca idade, e eu encantada com toda a experiência que ela pôde compartilhar comigo no auge de seus 40 anos.
Do nosso primeiro encontro até esse último (tão casual, numa padaria do centro da cidade) muitas coisas aconteceram: dores, dissabores, perdas, noites em hospitais e sentimentos até então nunca vivenciados, alegrias, reencontros, conquistas. E, mesmo sabendo das coisas tristes, fiquei muito feliz em tê-la revisto e de saber que mesmo quando a vida nos prega muitas peças há sempre a possibilidade de nos reerguermos e levarmos um sorriso adiante.
Um (re)encontro com alguém que nos acrescentou tanto é de uma alegria indescritível e justo no dia em que eu me encontrava tão pra baixo. Acredito que as coisas aconteçam no momento mais oportuno, que bom tê-la visto de cabeça erguida, seu sorriso trouxe luz ao meu dia!
Aproveitem os encontros casuais com o que de melhor eles lhes trouxerem!
Boa noite!