terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Linda, jovem, com esclerose múltipla e sem abrir mão de ser MÃE

Que menina que fez parte dos anos 80 (e até um pouco depois, mas o fervor veio de lá) não ficava encantada com as paquitas e até queria ser uma delas? Tão fofas, lindas, encantadoras e estavam ali, o tempo todo com a "rainha" dos baixinhos...eu até me emocionava!


Hoje pela manhã, ao me arrumar para sair, a tv estava ligada e vejo uma entrevista com a ex-paquita Pituxa, Louise Wischermann. 
Ela está numa luta judicial, que tramita no Canadá, pela guarda de seu filho Oliver - nascido no Brasil e residente no Canadá. A luta pela guarda do menino nem me chamou a atenção tendo em vista que há muitos casos como esse, no Brasil e fora dele; entre celebridades e pessoas anônimas.


Paquita Pituxa, Louise Wischermann
O que realmente despertou minha atenção foi um diagnóstico que ela recebeu aos 30 anos (hoje ela tem 36): portadora de esclerose múltipla. 
O nome da doença causa um certo impacto e até assusta e, lógico, não é uma doença simples onde faz-se um tratamento medicamentoso e pronto, você está curada. Ela é uma doença neurológica crônica, cuja causa ainda é desconhecida, com maior incidência em mulheres e pessoas brancas. Ela destrói a bainha de mielina, que é responsável por envolver os axônios para acelerar a velocidade de condução do impulso nervoso.
O doente sente dificuldade para realizar vários movimentos com os braços e pernas, perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigueiro em partes do corpo. Pois é, a vida traz cada surpresinha...mas ela não se deixou abater nem se fez de coitada. Pelo contrário, tomou uma decisão que eu, particularmente, achei linda. Ela quis ser mãe!


Como assim, ela acabou de receber o diagnóstico de uma doença séria e ao invés de querer se cuidar, opta por cuidar de uma outra vida? Exatamente, antes de iniciar o tratamento medicamentoso, de colocar droga no corpo ela preferiu estar com o organismo limpo para receber seu filho. Após um ano, conseguiu.


 A pessoa com esclerose múltipla pode ter uma vida normal, desde que siga um tratamento sério. Isso ela fez desde o início. Sem abrir mão de ser mãe, priorizando o bem-estar de seu filho (mesmo antes dele ter sido gerado) em detrimento do seu tratamento, pois não se sabe os efeitos que os medicamentos exerceriam sobre um ser em formação.



A história fala por si, espero que a justiça seja feita. Dessa vez a peteca está com a justiça canadense e acredito que não seja o lugar de residência que deva ser considerado num caso como esse, e sim o amor, verdadeiro amor de uma mãe por seu filho.

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