segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"Foi apenas um erro"

Na última quarta-feira (08/12/2010), saiu o resultado da Efomm.
Vocês devem estar lembrados tendo em vista que fiz um post sobre a aprovação da minha amiga.
Pois bem, nesse fim de semana tomei conhecimento de que a primeira lista havia sido retificada em virtude de um erro administrativo. Eles apenas esqueceram de incluir o nome de 51 aprovados de Fortaleza.
Fosse só a inclusão de mais 51 nomes e ninguém tivesse sido prejudicado em conseqüência desse simples erro, tudo bem. Acontece que houve uma mudança total na classificação e quem estava na primeira lista para fazer a pré-matrícula, migrou para a lista dos reservas!
A Giza, por exemplo, saiu da posição 114 (são 130 vagas) e foi para a 155.
Ela vai entrar de qualquer forma porque a Escola já tem um histórico de desistência dos primeiros colocados que vão para EsPCEx, EN, ITA ou IME...e aí segue convocando os excedentes. Mas como ficam os reservas da lista anterior? (inclusive 3 alagoanos) que tinham a esperança de serem convocados justamente por conta das desistências e agora deparam-se com uma nova colocação de reserva; só que numa classificação infinitamente mais distante que resultará numa não convocação.
No meu entendimento essas pessoas foram lesadas e devem lutar por seus direitos que, se foram feridos, devem ser reparados.
Às vezes sentimo-nos desmotivados em dar entrada num processo. A justiça é morosa, a documentação a ser apresentada é gigantesca e você não tem certeza de nada. É um tiro no escuro, você ouve de seu advogado: "eu não posso lhe assegurar com 100% de certeza que ganharemos a causa, mas eu vejo grandes possibilidades". Encha seus olhos e vá em frente, pelo menos você terá aquela sensação de saber que tentou, fez o que que era possível fazer, dando certo ou não.
No dia 09/12/10 saiu uma atualização na Ação Ordinária que eu, Dalila e Hugo impetramos contra a CEF em virtude de nossa não convocação no concurso de 2008 e o juiz DEFERIU nosso pedido.Vale lembrar também que eu e Mirele, acadêmicas do curso de Direito da Uneal, fomos matriculadas na Universidade via Mandado de Segurança, porque erros administrativos acontecem mesmo; e, quem se sente lesado, não pode ficar inerte aguardando que alguém resolva seu problema sem ser motivado para tanto.

A gente deve sonhar e realizar. Mas quando as pedras estiverem no lugar onde, definitivamente, não deveriam estar é você quem deve removê-las.

Espero que as pessoas prejudicadas lutem por seus direitos porque a justificativa de ter sido apenas um erro, não me convence!

Um bom dia,
Karina de Oliveira.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Linda, jovem, com esclerose múltipla e sem abrir mão de ser MÃE

Que menina que fez parte dos anos 80 (e até um pouco depois, mas o fervor veio de lá) não ficava encantada com as paquitas e até queria ser uma delas? Tão fofas, lindas, encantadoras e estavam ali, o tempo todo com a "rainha" dos baixinhos...eu até me emocionava!


Hoje pela manhã, ao me arrumar para sair, a tv estava ligada e vejo uma entrevista com a ex-paquita Pituxa, Louise Wischermann. 
Ela está numa luta judicial, que tramita no Canadá, pela guarda de seu filho Oliver - nascido no Brasil e residente no Canadá. A luta pela guarda do menino nem me chamou a atenção tendo em vista que há muitos casos como esse, no Brasil e fora dele; entre celebridades e pessoas anônimas.


Paquita Pituxa, Louise Wischermann
O que realmente despertou minha atenção foi um diagnóstico que ela recebeu aos 30 anos (hoje ela tem 36): portadora de esclerose múltipla. 
O nome da doença causa um certo impacto e até assusta e, lógico, não é uma doença simples onde faz-se um tratamento medicamentoso e pronto, você está curada. Ela é uma doença neurológica crônica, cuja causa ainda é desconhecida, com maior incidência em mulheres e pessoas brancas. Ela destrói a bainha de mielina, que é responsável por envolver os axônios para acelerar a velocidade de condução do impulso nervoso.
O doente sente dificuldade para realizar vários movimentos com os braços e pernas, perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigueiro em partes do corpo. Pois é, a vida traz cada surpresinha...mas ela não se deixou abater nem se fez de coitada. Pelo contrário, tomou uma decisão que eu, particularmente, achei linda. Ela quis ser mãe!


Como assim, ela acabou de receber o diagnóstico de uma doença séria e ao invés de querer se cuidar, opta por cuidar de uma outra vida? Exatamente, antes de iniciar o tratamento medicamentoso, de colocar droga no corpo ela preferiu estar com o organismo limpo para receber seu filho. Após um ano, conseguiu.


 A pessoa com esclerose múltipla pode ter uma vida normal, desde que siga um tratamento sério. Isso ela fez desde o início. Sem abrir mão de ser mãe, priorizando o bem-estar de seu filho (mesmo antes dele ter sido gerado) em detrimento do seu tratamento, pois não se sabe os efeitos que os medicamentos exerceriam sobre um ser em formação.



A história fala por si, espero que a justiça seja feita. Dessa vez a peteca está com a justiça canadense e acredito que não seja o lugar de residência que deva ser considerado num caso como esse, e sim o amor, verdadeiro amor de uma mãe por seu filho.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Minha saudade tem nome

O mês de Dezembro sempre exerceu um poder estranho sobre mim no que concerne aos meus sentimentos. Tudo bem que a pessoa aqui é uma sentimental nata, mas o sentimentalismo que o último mês do ano me traz é envolto por um saudosismo sem igual e até inexplicável. Hoje minha saudade tem nome e história.


Em Julho do ano passado, dois dias depois do aniversário do meu namorado, eu perdi uma das pessoas mais importantes da história, história da minha vida!
Ela gerou minha mãe e, mais tarde, foi responsável por cuidar da minha criação. 


Maria Marlence, eis o nome da minha maior saudade. A melhor mãe-avó que alguém poderia ter, um exemplo de moral, dignidade, afeto, amor à TODOS. Aquela que me ensinou a sorrir para as pessoas com o coração, de alma lavada, de dentro pra fora até mesmo para os que me acham idiota por causa disso.


Vejo nossas fotografias e solidifico nosso sentimento de cumplicidade que ficou registrado num pedaço de papel fotografico. Soubesse eu que você iria embora tão cedo, teria feito registros diários dos seus movimentos, filmaria todos os beijos de boa-noite para poder dormir em paz, como quando eu tinha sua companhia antes de dormir. Só nós duas, no silêncio, frio ou calor das noites. Mas certas coisas não estão ao nosso alcance, independem da nossa vontade e nos deixam aqui, com essa saudade que tem nome.


Minha cúmplice, companheira mais linda do mundo!
Karina de Oliveira.

domingo, 5 de dezembro de 2010

A primeira vez a gente nunca esquece

Esse é o primeiro post, do meu primeiro blog. Há tantas coisas primeiras ao longo de nossa vida e é interessante pensar que até o fim dela sempre haverá algo que estaremos vivenciando pela primeira vez, nem que seja a idade nova em cada aniversário.


Até aqui, já tive meus primeiros passos, a primeira bicicleta, a primeira Barbie, o primeiro beijo, o primeiro namorado, o primeiro vestibular/a primeira aprovação(a melhor parte), a primeira grande perda...na próxima sexta-feira haverá o casamento da primeira amiga de infância que irá ao altar; no dia 22/12 terei minhas primeiras férias do curso de Direito.


Puxando pela memória constantemente estamos a experienciar algo pela primeira vez e, de fato, a gente nunca esquece, mesmo quando quer. Talvez por ser inovação, a gente precisa disso.




Finalmente, meu blog!


É maravilhoso saber que o tempo passa e sempre haverá algo inovador a ser feito. E hoje, o que você fez pela primeira vez? Eu acabei de fazer meu primeiro e talvez você seja meu primeiro leitor! 
Muito obrigada pelo seu primeiro passeio por aqui.
                                                                           Karina de Oliveira.